A água no paisagismo


A água no paisagismo está presente nos mais diversos cenários e pode ser contida nas mais diversas formas. A água permite configurar várias aparências cênicas, criando dinamismo ao ambiente. Ter uma fonte de água próximo ao local de moradia é um sonho de muitos brasilienses, pois a estiagem castiga a população e a vegetação dos jardins por quase seis meses todos os anos! A inserção do elemento água dentro de um condomínio, por exemplo, pode criar vários atrativos, valorizando os imóveis, proporcionando bem estar.

Aprenda a diferenciar os diversos elementos de um jardim aquático:

  Espelho d’água: Tanques com massa de água inerte, sem movimentação aparente, porém existem diversos equipamentos para oxigenar a água.

  Fonte: Estrutura ornamental que joga a água em um movimento de baixo para cima. Normalmente é instalada em um espelho d’água. Podem ser luminosas ou não, alcançando diversos efeitos.

  Cascata: A água é jorrada de cima para baixo. Foi desenvolvida uma série de equipamentos e técnicas para a construção de cascatas ornamentais nos mais diversos estilos e materiais.

  Lago artificial: Difere-se de um espelho d’água pelo tamanho e volume de água. Os lagos têm dimensões maiores e podem ser abastecidos por rios e nascentes. Podem ter peixes e plantas ornamentais aquáticas também.

Uma das soluções mais simples é o espelho d’água, que pode ser colocado em pontos chaves do empreendimento, na entrada, perto da guarita, por exemplo, servindo de ponto focal para todos os visitantes. Também pode ser integrado nas áreas de convívio, no interior de praças, servindo de ponto de encontro e criando um microclima especial.

O custo de implantação e a manutenção de um espelho d’água são menores do que um lago artificial, porém alguns cuidados são fundamentais. A água, preferencialmente em espelhos d’água, deve estar sempre limpa, por isso é importante limpar bem os ladrilhos, com produtos especializados.

Já nos lagos, onde existe a presença de plantas aquáticas e peixes, é necessário que a água esteja sempre em movimento para não haver proliferação de insetos transmissores de doenças. Além disso, firmas especializadas na instalação de lagos em jardins têm modernos filtros biológicos e alimentação automatizada para os peixes. A criação de peixes requer cuidados especiais, pois seus dejetos estimulam a proliferação de algas unicelulares, que podem atrapalhar o bombeamento de água. Sendo assim, seria necessária a limpeza constante para evitar a formação de lodo.

Entre as espécies mais comuns usadas em jardins aquáticos estão: flor de lótus, ninféias, vitória régia, papiros, água-pé, alface d’água, lírio do brejo, íris amarelo, banana d’água e cavalinha.

Quando se coloca o elemento água em um projeto além de valorizar a paisagem se agrega valor estético. Criar um ambiente com um som de água corrente é relaxante e tem qualidades antiestresse, proporcionando tranquilidade e aconchego aos moradores!

José Marcelo Medeiros – Arquiteto paisagista